segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"Querer é Poder"


A Floresta Amazônica é uma vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados. As suas enormes árvores protegem as plantas e animais dos raios solares, proporcionando a vida para os animais mais exuberantes e diversificados no qual não se encontram em qualquer outro lugar do mundo. A Amazônia auxilia na regulamentação da temperatura da nossa terra e proporciona serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao mundo.

Amazônia para Sempre foi criado por um grupo de pessoas como manifesto para que a sociedade se conscientize dos verdadeiros danos e sofrimentos que o desmatamento está causando ao nosso patrimônio. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a três vezes o estado de São Paulo e duas vezes a Alemanha. Acabamos de comemorar os dezessete mil quilômetros quadrados desmatados, o menor desmatamento da Amazônia nos últimos três anos.

Entrem no: http://www.amazoniaparasempre.com.br/TPManifesto.html e colaborem para a preservação da Amazônia. É rápido. É fácil. Com um milhão de assinaturas, o manifesto será mandando para o Presidente da República e criarão uma lei de preservação da Floresta Amazônica.

A Amazônia é um patrimônio brasileiro. Antes que alguém a tire de nós, ou pior, que ela seja destruída, vamos tentar recuperar o perdido.

Segue abaixo um vídeo que achei no youtube com imagens que mostram exatamente a nossa incapacidade de não colaborar:

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Um ato de humanidade


O Prêmio Nobel foi criado em 1901, cinco anos após a morte de Alfred Nobel, o inventor da dinamite. Logo após a sua morte, Nobel deixou em seu testamento todas as instruções para a criação do prêmio, que é concedido anualmente.

Albert Arnold Gore Jr., ex-vice-presidente dos Estados Unidos e atual ativista ambiental, e o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) receberam o prêmio Nobel da Paz 2007.

Al Gore e o IPCC dividirão o valor de U$3 milhões, recebidos pela luta na preservação do meio ambiente e por divulgar o seu conhecimento sobre as mudanças climáticas e seus efeitos em nosso planeta.

Este ano, houve 181 indicados para o Prêmio Nobel da Paz. Nomes como o de Watt-Cloutier, 53 anos, chegaram a ser cotados para levar o prêmio de melhor ambientalista. Watt-Cloutier mostrou como as mudanças climáticas estão ameaçando a vida dos povos indígenas que vivem no Ártico. Irena Sendler também foi nomeada por seu trabalho de heroísmo durante o Holocausto, na Segunda Guerra Mundial, quando salvou 2,5 mil crianças da morte.

Cada Prêmio tem um método de selecionar seus vencedores. A Real Academia de Ciências da Suécia se dedica a escolher o prêmio Nobel de Física, de Economia e de Química. Os vencedores de Literatura são escolhidos pela Academia de Letras da Suécia.

A Assembléia Nobel do Istotuto Karolinska define os ganhadores de Medicina. Já o Nobel da Paz é escolhido por um comitê de cinco membros, todos indicados pelo Parlamento da Noruega. Quase um ano se passa entre a indicação dos nomes e a definição dos ganhadores.

Al Gore já havia obtido o Oscar pelo seu filme "Uma verdade Inconveniente", que mostra as causas das catástrofes ambientais e aponta soluções para esse problema.

Graças a esse prêmio, muitos como Gore, Pachauri (presidente do IPCC), Watt-Cloutier e Sendler podem mostrar-nos o que é fazer um ato de humanidade para o nosso planeta e ser reconhecidos por estes atos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

As Nações Unidas são o melhor instrumento para enfrentar os desafios do mundo de hoje?


Este foi um dos temas abordados no discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da 62ª Assembléia-Geral das Nações Unidas. No dia 25 de setembro de 2007, nosso presidente foi à Assembléia para dar um discurso que discutia os diversos problemas de várias nações; como pobreza, doenças e especialmente o caos climático e o modelo de desenvolvimento global. Durante seu discurso, Lula disse:

“Não nos iludamos: se o modelo de desenvolvimento global não for repensado, crescem os riscos de uma catástrofe ambiental e humana sem precendentes.”

Durante seu discurso, Lula criticou que muitos usam o contrário do bom senso para obter lucro e riqueza a qualquer preço. Também disse que os preços que a humanidade vai pagar por destruir as fontes materiais e espirituais será muito grande e que se quisermos salvar o patrimônio comum, teremos de impor uma nova e equilibrada repartição das riquezas.

Nas próximas linhas vai o discurso que Lula deu para a Assembléia que por sinal muito bem recebido pelo resto das nações.

“...É preciso reverter essa lógica aparentemente realista e sofisticada, mas na verdade anacrônica, predatória e insensata, da multiplicação do lucro e da riqueza a qualquer preço. Há preços que a humanidade não pode pagar, sob pena de destruir as fontes materiais e espirituais da existência coletiva. Sob pena de destruir-se a si mesma. A perenidade da vida não pode estar à, mercê da cobiça irrefletida. O mundo, porém, não modificará a sua relação irresponsável com a natureza sem modificar a natureza das relações entre o desenvolvimento e a justiça social. Se queremos salvar o patrimônio comum, impõe-se uma nova e mais equilibrada repartição das riquezas, tanto no interior de cada país como na esfera internacional. A eqüidade social é a melhor arma contra a degradação do planeta. Cada um de nós deve assumir sua parte nesta tarefa. Mas não é admissível que o ônus maior da imprevidência dos privilegiados recaia sobre os despossuídos da terra.

Os países mais industrializados devem dar exemplo. É imprescindível que cumpram os compromissos estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto. O Brasil lançará em breve o seu Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas. A Floresta Amazônica é uma das áreas que mais poderão sofrer com o aquecimento do planeta. Mas há ameaças em todos os continentes: elas vão do agravamento da desertificação até o desaparecimento de territórios ou mesmo de países inteiros pela elevação do nível do mar.

O Brasil tem feito esforços notáveis para diminuir os efeitos da mudança do clima. Basta dizer que, nos últimos anos, reduizmos a menos da metade do desmatamento da Amazônia. Um resultado como esse não é obra do acaso. Até porque o Brasil não abdica, em nenhuma hipótese, de sua soberania nem de suas responsabilidades na Amazônia. Os êxitos recentes são fruto da presença cada vez maior e mais efetiva do Estado Brasileiro na região, promovendo o desenvolvimento sustentável-econômico, social, educaiconal e cultura-de seus mais de 20 milhões de habitantes. Estou seguro de que nossa experiência no tema pode ser útil a outros países...

Senhoras e senhores,

Não haverá solução para os terríveis efeitos das mudanças climáticas se a humanidade não for capaz também de mudar seus padrões de produção e consumo. O mundo precisa, urgentemente, de uma nova matriz energética. Os biocombustíveis são vitais para construí-la. Eles reduzem significativamente as emissões de gases no efeito estufa. No Brasil, com a utilização crescente e cada vez mais eficaz do etanol, evitou-se nestes 30 últimos anos a emissão de 644 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera...

A sustentabilidade do desenvolvimento não é apenas uma questão ambiental; é também um desafio social. Estamos construindo um Brasil cada vez menos desigual e mais dinâmico. Nosso país voltou a crescer, gerando empregos e distribuindo renda. As oportunidades agora são para todos. Ao mesmo tempo em que resgatamos uma dívida social secular, investimos fortemente em educação de qualidade, ciência e tecnologia. Honramos o compromisso do Programa Fome Zero ao erradicar esse tormento da vida de mais de 45 milhões de pessoas. Com dez anos de antecedência, superamos a primeira das Metas do Milênio, reduzindo em mais da metade a pobreza extrema. O combate à fome e à pobreza deve ser preocupação de todos os povos. É inviável uma sociedade global marcada pela crescente disparidade de renda. Não haverá paz duradoura sem a progressiva redução das desigualdades...

Senhor presidente,

As Nações Unidas são o melhor instrumento para enfrentar os desafios do mundo de hoje. É no exercício da diplomacia multilateral que encontramos os meio de promover a paz e o desenvolvimento. A participação do Brasil, em conjunto com outros países da América Latina e do Caribe, na Missão de Estabilização no Haiti simboliza nosso emprenho de fortalecer o multilateralismo...O Brasil continuará a trabalhar para que essa expectativa tão elevada se torne realidade.

Muito obrigado.”

Fiquei muito bem impressionada como nosso presidente conseguiu abordar todos os problemas que estamos passando durante estes anos em apenas um discurso. Foi um texto bem escrito e explicando claramente tudo o que o Brasil pretende fazer para mudar.

Quando terminei de ler este texto, eu me deparei com uma pergunta: Se o Brasil continuar a trabalhar para que as expectativas das Nações Unidas sejam tornadas realidade, quais são as metas que os países de primeiro mundo terão para ultrapassar as expectativas das Nações Unidas?

domingo, 30 de setembro de 2007

"Vamos salvar a raça humana"-Arnaldo Jabor

Colocar videos no blogger dá mais um ênfase.

Sou grande admiradora do Arnaldo Jabor. Ele é um dos comentaristas mais inteligentes, que sabe do que está falando. Passei ontem a noite pesquisando entrevistas pela internet e me deparei com parte de uma gravação do Jornal da Globo. Nela, Jabor mostra como os problemas que temos hoje em dia seguem uma sequência e se agravam cada vez mais:

"...O petróleo move o mundo, faz o Bush atacar o Iraque, cria o Osama, arma o Chavez..."

Jabor, fazendo uma ironia nos mostra como criamos conflitos desnecessários e que quando enfrentados com eles, no caso do meio ambiente, ninguém sabe o que fazer e nem o que falar.

Neste video, um dos comentários em que se dá mais ênfase é:

"...e o cômico é que nos referimos aos problemas ambientais como sendo uma ameaça da natureza...que nada! A Natureza não está nem ai. Já morreu dinossauro, já houve idade do gelo, chuva de asteróide, e a natureza continua numa boa! Quem vai acabar é a raça humana. A natureza está pouco se lixando para nós..."



quinta-feira, 27 de setembro de 2007

EUA insistiram que levam a sério o aquecimento global


Nesta quinta-feira, o presidente George W. Bush convocou uma reunião com o propósito de discutir o aquecimento global. Muitos ambientalistas e participantes estão preocupados que os Estados Unidos estejam tentando obter cortes voluntários nas emissões de carbono, quando o grande propósito é das metas compulsórias estabelecidas no Protocolo de Kyoto. Condoleezza Rice, a secretária norte-americana de Estado, disse no início da conferência: "Quero salientar que os Estados Unidos levam a mudança climática muito a sério, já que somos tanto uma grande economia quanto um grande emissor." Outros aliados de Bush estão bastante otimistas em colaborar com o aquecimento global, pois eles sabem que a mudança climática é um problema do mundo inteiro, e como são paises do primeiro mundo, os EUA estão preparados para ampliar a liderança deles e enfrentar o desafio com unhas e dentes.

Como todos nós sabemos, os Estados Unidos é um dos países que mais emite gases que estão causando a elevação de temperaturas a subirem em niveis catastróficas. E Bush, que rejeita o Protoco de Kyoto, continua resistindo a metas compulsórias, e defende ao invés disso outras idéias como metas desejáveis de longo prazo.

Defendendo a teoria de Bush, Rice disse que cada país deve estabelecer as próprias metas de redução dos gases efeito estufa. Já as outros discordam com a idéia de Rice
dizendo que é essa a diferença entre a abordagem dos EUA e a abordagem do resto do mundo, mostrando que os Estados Unidos realmente quer é defender seus interesses nacionais e manter a sua liderança mundial.

Já os ambientalistas de grupos como o Greenpeace fizeram uma manifestação em frente à sede do Departamento de Estado criticando o George W. Bush com cartazes chamando Bush de "criminoso." John Passacantando, diretor do Greenpeace nos EUA e que estava comandando a passeata em frente à sede, diz que o presidente Bush está levando o mundo na direção errada na questão dos problemas climáticos. Disse também que a reunião que Bush convocou nada mais é um esforço de propaganda para que Bush se afaste das críticas que outras nações fazem dele em relação ao aquecimento global.

Os Estados Unidos, como líder das nações industrializadas do mundo, têm conseguido defender seus interesses nacionais. Onde ficaria o mundo se todas nações colocassem o seu próprio interesse em primeiro lugar. Teríamos resultados globais catastróficos inimagináveis?

sábado, 15 de setembro de 2007

Até que ponto vamos chegar?


O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães recebe milhares de turistas. Com o incêndio da seca, 15% da reserva foi queimada em apenas oito dias e, conseqüentemente, brigadistas precisaram receber reforço ao combate às chamas.

Véu de Noiva, uma região de nascentes e cachoeiras, é um dos pontos mais visitados recebendo 120 mil turistas por ano. Teve que ser fechada para a visitação desde que o incêndio começou.

O trabalho de apagar as chamas é bem mais difícil por terra e então transporte aéreo é mais confiável e rápido. Infelizmente isso teve que ser interrompido, pois as montanhas começaram a pegar fogo e precisavam de mais assistência. Motobombas, que retiram água dos rios e injetam nos tanques irão acelerar mais o trabalho e facilitar o trabalho dos brigadistas.

O major Abadio Cunha, da Defesa Civil de Mato Grosso afirmou que o incêndio tomou proporções muito grandes, aproximadamente 10 quilômetros de linha.

Estados como o Pará estão em estado de alerta. Com a falta de fiscalização para conter as queimadas provocadas por fazendeiros, o fogo avançou a noite e foi indo em direção a região da Amazônia.

O motivo que a fiscalização tem que estar em cima dos fazendeiros é porque os fazendeiros ateiam fogo para renovar as pastagens para abrir novas áreas de criação do seu gado e isto é considerado queimadas criminosas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, de janeiro a agosto deste ano, as queimadas em áreas de preservação cresceram 43% em relação ao mesmo período do ano passado.

Acho que o que os fazendeiros fazem para renovar as pastagens é uma ignorância porque eles sabem muito bem as unidades de conservação e o prejuízo em todos os sentidos seja socialmente, financeiramente, e sem falar dos danos que causam a saúde e continuam destruíndo o meio ambiente para o próprio bem deles.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

É a Culpa da Natureza ou dos Humanos?


Como todos sabem, eu estou dando com se fosse um retro de todos os casos que foram ligados ao homem e a destruição do meio ambiente. Um outro exemplo que darei aqui é o caso que aconteceu em 2005 nos Estados Unidos com o furacão Katrina que atingiu e destruiu cidades grandes como a cidade do jazz, New Orleans.
A tempestade tropical que completou 2 anos em agosto deixou 80% da cidade inundada, matou milhares de pessoas e danificou 200 mil residências.
Em 2006, um estudo foi publicado por climatologistas oferecendo dados completos para aquilo que ambientalistas vinham tentando fazer desde o final do ano passado: culpar o aquecimento global pela temporada de furacões devastadores em 2005.
O trabalho que foi escrito por dois climatologistas, Kevin Trenberth e Dennis Shea, calculando as ações humanas sendo a razão principal do aumento da temperatura média das àguas Atlântico Norte tropical. O estudo também descarta a hípotese de que efeitos colaterais como El Niño--distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Estes eventos modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul - teriam sido as principais causas dos furacões como Katrina.
Para derrubar as teorias de que El Niño podia ter sido uma das principais causas dos furacões, os cientistas usaram cálculos e grande quantidade de dados no estudo. Para poder comparar e derrubar as teorias, Trenberth e Shea recorreram a um histórico de temperaturas do oceano que tinham dados climatológicos de 1900 a 1970. Infelizmente o trabalho de Kevin Trenberth e Dennis Shea virou alvo de crítica, pois coloca a culpa nos humanos, e não em fenômenos naturais.
Do outro dia, eu estava sentada vendo uns videos na televisão. Passou um clipe da banda U2 e Green Day cantando uma música relacionada com os acontecimentos da natureza, especialmente do furacão Katrina e New Orleans. Mostra cenas que nunca iriamos imaginar que pudessemos ver. Bono Vox, vocalista do U2, é integrante da ONU. Achei um verdadeiro exemplo de cidadania de Bono para mostrar um pouco do que ele tem acesso a ver que nós não podemos ver.
Aqui embaixo vai o clipe deles que achei no youtube.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A internacionalização da Amazônia


“Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.”
Cristovam Buarque

Como comentamos que muitos querem comprar a nossa floresta, pesquisei pessoas que são contra a sua internacionalização e achei um texto de Cristovam Buarque sobre a privatização da Amazônia. Um texto escrito em 2000, comovente, bonito e muito bem escrito. Ele afirma que se internacionalizamos a Amazônia, devemos então internacionalizar tudo que está à nossa volta para assim, assim, quebrar as barreiras políticas e econômicas e a socialização de investimentos em saúde, cultura, educação e meio ambiente.

Buarque usa alguns argumentos como “Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada,” ou até “Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humana.” Foram algumas respostas dadas a uma provocação feita por um jovem debatedor em um encontro em Nova York, enquanto a megalópole sediava o Fórum do Milênio, das Nações Unidas. O jovem repetia argumento de vários outros estrangeiros, a intervenção estrangeira para a resolver os problemas na Floresta Amazônica e com aquele famoso lema: “A Floresta Amazônica não é apenas do Brasil. É do mundo.”

O texto “A Internacionalização do Mundo,” de Cristovam, transformou-se em verdadeiro lema para todos aqueles que defendem a idéia com unhas e dentes de que a nossa floresta não deve ser internacionalizada. Com este texto, Buarque consegiu que o tema do meio ambiente ganhasse espaço na mídia e que todos os que leram se emocionassem com a idéia de que se é para internacionalar um patrimônio, deve-se internacionalizar todos. Parabéns Cristovam!

A internacionalização do mundo

O Globo – 10/10/2000

“Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.

Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada.

Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.”

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O Controle Privado é a Melhor Maneira de Salvar a Natureza?


Quando leio uma frase dessas eu penso “Se o lugar for mal tratado e alguém decidir privatizar e cuidar bem dela, por que não?”

Há alguns dias eu venho perguntando para várias pessoas o que acham se a nossa Floresta Amazônica for privatizada. A resposta das pessoas vem da seguinte forma: “Que absurdo! A Floresta é nossa!” E logo depois, eles usam mil argumentos com os quais eu também concordo plenamente, as razões pelas quais a nossa floresta não deveria ser vendida por alguns milhões.

De fato ela é nossa e temos o maior orgulho dela. A maioria das pessoas que perguntei respondeu que seria um absurdo vender um patrimônio como este para outro país. (aliás só faltava avançarem em cima de mim quando eu vinha com essa pergunta, mas tudo bem). Se você tem o bom senso de não querer vender o nosso patrimônio, como você pode ajudar para salvar esse patrimônio que você tanto tem orgulho?

Outro dia, o professor nos mostrou um DVD lançado em 2005 no qual o Jornal Nacional apresentou 35 anos das melhores reportagens. Uma delas foi o meio ambiente. Um fato que me deixou realmente surpreendida foi que em 2002 haviam 600 espécies de macacos e, 2 anos depois, havia 500 espécies. Qual foi o grande motivo? Canibalismo. De 400 espécies, 70 delas habitam na Mata Atlântica. O Pau Brasil foi a árvore que os portugueses exploravam e levavam para Portugal. Como todos sabem, é dessa árvore que provém o nome do nosso país. Hoje, na Mata Atlântica, é raro você achar um exemplar dessa árvore.

Com toda esta tecnología na qual vivemos, eu sempre recebo alguma notícia ou informação sobre o meio ambiente. Recebi um e-mail dias atrás de uma amiga me mostrando que outras nações têm o maior interesse em comprar a Floresta Amazônica. Eu mesmo parei e tive que reler aquela frase. O quê? comprar a nossa floresta? se você não sabe, grande parte dos remédios, perfumes ou outros cosméticos que você usa todos os dias vem da Amazônia. Nesse video, que vou passar aqui embaixo, os americanos querem comprar a Amazônia com o lema de que a Amazônia não é do Brasil, é do mundo.

Como uma boa jornalista, eu vou deixar este videozinho para vocês pensarem com cuidado no que o futuro nos espera. Você venderia a sua floresta, a Floresta Amazônica? Como você, eu e todos que negam esta idéia podemos salvar a nossa floresta, o nosso patrimônio?

http://www.youtube.com/watch?v=LPrdeL2Lr98


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Não é uma questão de política. É uma questão de consciência.


“Uma Verdade Inconveniente”, documentário que acompanha Al Gore, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, em uma jornada pelo país para alertar a população sobre os perigos do aquecimento global e suas conseqüências que estão causando um verdadeiro caos climático no mundo inteiro. Durante todo o filme, Gore apresenta dados científicos que comprovam a elevação da temperatura da Terra e mostra imagens assustadores do que está acontecendo com os blocos de gelo nos polos, e alerta sobre as conseqüências do aumento do nível do mar.

Agora eu vou me dar o luxo de contar que, não estava com muito ânimo de assistir esse filme quando fui ao cinema. Duas horas depois, eu fiquei com peso na consciência por ter pensado dessa forma. Eu e outras mil pessoas que assistiram ao filme ficaram alarmadas com os dados que o ex vice-presidente apresentou. Lugares como a Patagônia, o monte Kilimanjaro e até os polos estão perdendo toda a sua beleza natural(com a diminuição da formação gelo dessas regiões). Mas, senti-me pior ainda, por ainda querer assistir aquele filme “água com açucar” que estava passando no cinema à ouvir toda aquele “verdade inconveniente”.

O que mais impressiona, não são as transformações aos quais à natureza está passando, e sim a velocidade em que tudo está acontecendo. Sei que muitos como eu, pensão já saber que a camada de ozônio está em um estado de degradação, mas a verdade verdadeira é que não sabemos de um décimo do que está acontecendo. Eu como muitos outros não queríamos ir ao cinema para ver um documentário, e hoje, acho que é um dever que cada pessoa veja o filme para deixar de ficar pensando em coisas materiais e olhar ao nosso redor. Gore não esconde nada. Gore mostra tudo. Gore mostra a realidade nua e crua.

Agora vou me dar o prazer de agradecer o youtube por existir, afinal, sem esse instrumento eu não teria como mostrar para vocês um pedaço do que nos aguarda lá na frente. Como certeza “Uma Verdade Inconviniente”, é “...de longe, o filme mais apavorantes de sua vida...”

http://www.youtube.com/watch?v=R6xQ5qnzglQ&mode=related&search=

Assista e abra a cabeça.

Jogos do Rio se posicionou fortemente na questão socioambiental


Olá! Sejam bem vindos ao meu blogger com a intenção de conscientizar a sociedade brasileira e as outras nações sobre os problemas ambientais.
Vou começando a postar um acontecimento que tem algum tempo mas que achei que foi um exemplo de cidadania para o povo brasileiro e das Américas-o Pan.

Os jogos Pan Americanos de 2007 aconteceu dia 13 de julho na cidade do Rio de Janeiro, onde reuniu diversos povos das Américas. A mensagem dos Jogos do Rio ultrapassou a expectativa de todos, o tema se posicionou nas questões socioambientais, um problema ao qual vemos todos os dias. Com um toque de singularidade da cultura e da diversidade brasileira, os Jogos trouxeram uma mistura de som tropical, a bossa nova, chorinhos, energía e tradições dos brasileiros para receber os nossos convidados.

Fernanda Abreu, Lenine e Dori Caymmi foram alguns de vários artistas que fizeram parte em mostrar um pouco da cultura brasileira e o verdadeiro orgulho de ter a blusa verde a amarela posta. Tendo a Amazônia como a maior floresta do mundo, dando a importância da energia solar e da àgua fizeram com que muitos se emocionassem com a abertura dos Jogos do Rio e se surpreendessem com a capacidade de organização e criatividade ao organizar o XV Jogos Panamericanos.

A ceremônia da abertura dos Jogos do Rio foi no Maracanã e teve uma mistura de fogos, músicas e cores puxado para o verde e amarelo que surpreenderam as 42 delegações que participaram do Pan.

Foi uma ceremônia muito bonita que mostrou a dedicação de cada um para tornar o Pan do Rio inesquecível.
Aqui vai uma foto que tiraram da ceremônia.